
RESVALA NA ROTINA E MESMICE
Contanto com um roteiro até atraente, mas com uma direção pífia e equivocada – leia Bruce Beresford – este O CONTRATO estrelado por Morgan Freeman e John Cusack mantém em sua essência uma certa falta de personalidade tanto narrativa quanto de definição entre gêneros em toda a sua duração ( um pouco mais de 90 minutos ). O longa mesmo com alguma ação e muitos tiros disparados é arrastado.
A história mostra Ray Kenne ( John Cusack ) um pai dedicado a seu filho Chris ( Jamie Anderson ) que percebendo que a perda de sua mulher e mãe do rapaz está afetando a vida deste, decide acampar para haver uma maior aproximação entre ambos. Encontra então um grupo de mal-feitores que tem seu líder sob custódia da polícia federal americana ( Morgan Freeman ) pondo em prática justamente um plano de fuga. Kenne passa então contra a sua vontade a ter sob seu controle o chefão Carden/Freeman, passando então a correr riscos imensos.
O texto ( mal-aproveitado ) deveria propiciar ao telespectador uma relação profunda que se desenvolve entre o incorrigível Carden e o obstinado Kenne. Mas a fraca direção não esmiúça e nem chega perto de aproveitar os momentos de conflito psicológico que o roteiro exige. Os conflitos de relacionamento de O CONTRATO são todos sub-aproveitados. Resta a bela paisagem que inclui muito verde e uma montanha.
O CONTRATO é indefinido quanto a suas intenções de gênero. Lembra um drama com cenas de ação e um thriller com cenas dramáticas, mas acaba mesmo não sendo uma coisa nem outra. As atuações de Cusack e Freeman são preguiçosas e acabam por fazer do longa um produto pífio e desinteressante que desaba com suas cenas rotineiras e uma mesmice sem fim. Falta ao filme uma maior pujança narrativa e um melhor aproveitamento do que poderia ser ao menos um bom thriller psicológico. O que ficou é apenas um esboço.
Uma situação de estresse muito forte pode modificar uma pessoa e torná-la mais aguerrida em relação aos seus bons interesses e mais sentimental com aqueles que tanto precisam dela, bem como com aqueles que foram importantes e auxiliaram durante a empreitada - seja de qual tipo for - dramática. A pessoa torna-se mais humana para com seus semelhantes e também mais compreensiva.
O CONTRATO trata de lealdade, negócios escusos, cumplicidade e gratidão, mas sua fragilidade narrativa não atrai em momento algum o telespectador para uma história rasa de um homem que passa a custodiar um foragido da lei, e que após vivenciar uma complicada aventura na floresta, reconquista a confiança do filho e a amizade insuspeita de seu momentaneamente prisioneiro, tendo passado com equilíbrio por momentos tensos.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA
Contanto com um roteiro até atraente, mas com uma direção pífia e equivocada – leia Bruce Beresford – este O CONTRATO estrelado por Morgan Freeman e John Cusack mantém em sua essência uma certa falta de personalidade tanto narrativa quanto de definição entre gêneros em toda a sua duração ( um pouco mais de 90 minutos ). O longa mesmo com alguma ação e muitos tiros disparados é arrastado.
A história mostra Ray Kenne ( John Cusack ) um pai dedicado a seu filho Chris ( Jamie Anderson ) que percebendo que a perda de sua mulher e mãe do rapaz está afetando a vida deste, decide acampar para haver uma maior aproximação entre ambos. Encontra então um grupo de mal-feitores que tem seu líder sob custódia da polícia federal americana ( Morgan Freeman ) pondo em prática justamente um plano de fuga. Kenne passa então contra a sua vontade a ter sob seu controle o chefão Carden/Freeman, passando então a correr riscos imensos.
O texto ( mal-aproveitado ) deveria propiciar ao telespectador uma relação profunda que se desenvolve entre o incorrigível Carden e o obstinado Kenne. Mas a fraca direção não esmiúça e nem chega perto de aproveitar os momentos de conflito psicológico que o roteiro exige. Os conflitos de relacionamento de O CONTRATO são todos sub-aproveitados. Resta a bela paisagem que inclui muito verde e uma montanha.
O CONTRATO é indefinido quanto a suas intenções de gênero. Lembra um drama com cenas de ação e um thriller com cenas dramáticas, mas acaba mesmo não sendo uma coisa nem outra. As atuações de Cusack e Freeman são preguiçosas e acabam por fazer do longa um produto pífio e desinteressante que desaba com suas cenas rotineiras e uma mesmice sem fim. Falta ao filme uma maior pujança narrativa e um melhor aproveitamento do que poderia ser ao menos um bom thriller psicológico. O que ficou é apenas um esboço.
Uma situação de estresse muito forte pode modificar uma pessoa e torná-la mais aguerrida em relação aos seus bons interesses e mais sentimental com aqueles que tanto precisam dela, bem como com aqueles que foram importantes e auxiliaram durante a empreitada - seja de qual tipo for - dramática. A pessoa torna-se mais humana para com seus semelhantes e também mais compreensiva.
O CONTRATO trata de lealdade, negócios escusos, cumplicidade e gratidão, mas sua fragilidade narrativa não atrai em momento algum o telespectador para uma história rasa de um homem que passa a custodiar um foragido da lei, e que após vivenciar uma complicada aventura na floresta, reconquista a confiança do filho e a amizade insuspeita de seu momentaneamente prisioneiro, tendo passado com equilíbrio por momentos tensos.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA
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