
AS DUAS FACES DE UM CLÍMAX
Robert de Niro e Al Pacino estrelam este AS DUAS FACES DA LEI mostrando uma falta de empatia muito grande para com o público. Aliás, tanto De Niro como Pacino ( principalmente o primeiro ) estão sendo repetitivos em suas atuações. Al Pacino está desde o excelente INSÔNIA com Robin Williams, sobre-atuando – sempre com papéis semelhantes em seus filmes, desde então -. Já Robert De Niro virou um pastiche de si mesmo em seus novos papéis, já há algum tempo.
A história do longa gira em torno de dois investigadores da polícia, juntos como parceiros há trinta anos, que comentem um erro ao tentar pegar em flagrante um criminoso. Submetem-se então a um inquérito administrativo e têm que estar sob os cuidados de um psicólogo. Seu superior imediato interpretado por Brian Dennehy deseja que ambos se aposentem. Mas a dupla começa a trabalhar em um caso de homicídios em série, que acaba por conduzir os dois ao inesperado.
AS DUAS FACES DA LEI é um filme cujo roteiro conduz o espectador a pistas falsas. A direção de Jon Avnet não consegue lidar bem com as manipulações do texto e as fracas atuações de sua dupla de protagonistas principal só aumenta a fragilidade de uma narrativa presunçosa e pretensiosa em demasia. O seu desfecho pode até surpreender – daí o longa não ser uma bomba -, mas as cenas que seguem a seu apogeu são tolas e desnecessárias. Essa dupla face de um final de filme faz afirmar que trata-se mesmo de um longa que cai na banalidade com muita facilidade.
O filme trata de um tema batido ( um matador em série ) mas com o incrível engano de tentar ser original. Suas cenas não passam a credibilidade necessária para um bom suspense policial, nem tão pouco suas atuações ( com exceção de Carla Gugino ) e ainda a direção pífia de Jon Avnet. Basta um olhar mais atento para perceber que a trama contém excessos e uma construção de personagens muito vazia. De novidade talvez a personagem de Carla Gugino, uma perita criminal que transa com De Niro e a personagem de John Leguizamo como uma ninfomaníaca inveterada.
AS DUAS FACES DA LEI mostra em toda sua projeção uma falta de vigor narrativo quanto a sua própria idiossincrasia. A tentativa forçada de fazer a personagem de De Niro parecer culpada é um disfarce para encobrir sua falta de conteúdo e o resultado é um filme frágil em sua essência. A surpresa em seu final quanto à identidade do verdadeiro assassino se pode causar um resultado atraente para o público, causa também uma decepção em suas cenas seguintes, e até chegar lá, o longa induz forçosamente o espectador a conclusões tanto equivocadas como rasteiras.
O filme trata de paranóia, amizade, sexo sem compromisso, decepção, gosto pela “arte” de matar e sensação de impunidade. Todos estes elementos são tratados sem muito compromisso por Avnet. AS DUAS FACES DA LEI mostra um homem que escondido sob o seu distintivo e sua arma, passa insanamente a cometer crimes deixando poemas junto aos cadáveres, com um incrível menosprezo pela vida de seus semelhantes, pela sua profissão, por seu parceiro e por si mesmo.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA
Robert de Niro e Al Pacino estrelam este AS DUAS FACES DA LEI mostrando uma falta de empatia muito grande para com o público. Aliás, tanto De Niro como Pacino ( principalmente o primeiro ) estão sendo repetitivos em suas atuações. Al Pacino está desde o excelente INSÔNIA com Robin Williams, sobre-atuando – sempre com papéis semelhantes em seus filmes, desde então -. Já Robert De Niro virou um pastiche de si mesmo em seus novos papéis, já há algum tempo.
A história do longa gira em torno de dois investigadores da polícia, juntos como parceiros há trinta anos, que comentem um erro ao tentar pegar em flagrante um criminoso. Submetem-se então a um inquérito administrativo e têm que estar sob os cuidados de um psicólogo. Seu superior imediato interpretado por Brian Dennehy deseja que ambos se aposentem. Mas a dupla começa a trabalhar em um caso de homicídios em série, que acaba por conduzir os dois ao inesperado.
AS DUAS FACES DA LEI é um filme cujo roteiro conduz o espectador a pistas falsas. A direção de Jon Avnet não consegue lidar bem com as manipulações do texto e as fracas atuações de sua dupla de protagonistas principal só aumenta a fragilidade de uma narrativa presunçosa e pretensiosa em demasia. O seu desfecho pode até surpreender – daí o longa não ser uma bomba -, mas as cenas que seguem a seu apogeu são tolas e desnecessárias. Essa dupla face de um final de filme faz afirmar que trata-se mesmo de um longa que cai na banalidade com muita facilidade.
O filme trata de um tema batido ( um matador em série ) mas com o incrível engano de tentar ser original. Suas cenas não passam a credibilidade necessária para um bom suspense policial, nem tão pouco suas atuações ( com exceção de Carla Gugino ) e ainda a direção pífia de Jon Avnet. Basta um olhar mais atento para perceber que a trama contém excessos e uma construção de personagens muito vazia. De novidade talvez a personagem de Carla Gugino, uma perita criminal que transa com De Niro e a personagem de John Leguizamo como uma ninfomaníaca inveterada.
AS DUAS FACES DA LEI mostra em toda sua projeção uma falta de vigor narrativo quanto a sua própria idiossincrasia. A tentativa forçada de fazer a personagem de De Niro parecer culpada é um disfarce para encobrir sua falta de conteúdo e o resultado é um filme frágil em sua essência. A surpresa em seu final quanto à identidade do verdadeiro assassino se pode causar um resultado atraente para o público, causa também uma decepção em suas cenas seguintes, e até chegar lá, o longa induz forçosamente o espectador a conclusões tanto equivocadas como rasteiras.
O filme trata de paranóia, amizade, sexo sem compromisso, decepção, gosto pela “arte” de matar e sensação de impunidade. Todos estes elementos são tratados sem muito compromisso por Avnet. AS DUAS FACES DA LEI mostra um homem que escondido sob o seu distintivo e sua arma, passa insanamente a cometer crimes deixando poemas junto aos cadáveres, com um incrível menosprezo pela vida de seus semelhantes, pela sua profissão, por seu parceiro e por si mesmo.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA
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