terça-feira, 28 de outubro de 2008

CRÍTICA: EU SOU A LENDA


FUTURO CATASTRÓFICO E DESANIMADOR PARA A HUMANIDADE

Este EU SOU A LENDA interpretado por Will Smith, corrobora com a teoria do fim dos tempos, da humanidade em geral, apregoada por diversos religiosos. A película de Francis Lawrence ( diretor ) é bem sombria em relação a este tema. M. Night Shyamalan ( diretor de O SEXTO SENTIDO E A VILA ), aborda este tema no também recente e ótimo FIM DOS TEMPOS, com Mark Walbergh.

O roteiro mostra a dimensão que a propagação de um vírus letal em 2009, faz com ( quase ) todos os habitantes da face da terra, dizimando a maior parte dos seres vivos e deixando uma boa parte contaminada. Uma das personagens que é imune ao tal vírus é o oficial do exército americano, Robert Neville ( Smith ). Francis Lawrence mostra em flashbacks os acontecimentos que levaram Neville a viver isolado e sem comunicação com exatamente ninguém por três anos. A ação é ambientada em 2012, em uma Nova Yorque sem nenhum ser que não tenha sido contaminado, somente o sobrevivente Neville. Os habitantes da cidade que ali estão, viraram zumbis.

O filme é uma mistura desinteressante e sem brilho, mas não completamente descartável, de uma catástrofe que envolve os seres humanos, como conseqüência da irresponsabilidade de atitudes de pessoas renomadas que tentam fazer as coisas mudarem de sentido, sem permissão do Criador. Lawrence tenta colocar algumas boas cenas, e injetar algum ânimo à película, porém, seu resultado fica aquém das expectativas, não conseguindo fugir dos clichês. Embora não seja de todo ruim e tendo como grande mérito, Will Smith carregando praticamente sozinho o filme nas costas ( em mais da metade da projeção, a sua personagem apenas tem sua cadela para pronunciar palavras ), o longa sucumbe, parecendo por vezes, mais um filme B como os vário longas envolvendo criaturas que mesmo não tendo pulsação cardíaca continuam vivas ( A NOITE DOS MORTOS-VIVOS E MADRUGADA DOS MORTOS, citando exemplos ).

EU SOU A LENDA é sombrio e pouco original. É na verdade, uma mistura equivocada de ficção científica e terror, onde seu protagonista passa por um processo doloroso de enlouquecimento, após perder sua filha e esposa e ficar isolado, durante alguns anos, porém obcecado em ser uma espécie de salvador, com suas científicas experiências para curar aqueles que viraram mortos-vivos. Sua personagem vê em Bob Marley ( cantor jamaicano de Reggae ), um agente motivacional para continuar sua árdua missão. Embora tenha perdido a fé, Neville acredita no significado da palavra paz e vira um messias para os poucos sobreviventes não contaminados.

MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA

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