

Fui uma única vez ao cine Paissandu, em 1998. Já sem o seu glamour de outrora, mas com um diferencial, no fundo da sala havia uma área para fumantes, com direito a poltronas. Naquele momento, os cinemas de rua já haviam perdido espaço para as salas de Shopping, devido à facilidade para estacionar o carro e o maior conforto das salas, mais luxuosas e melhor refrigeradas, e ainda, com uma melhor projeção.
O cine ESTAÇÃO PAISSANDU, tema de um livro intitulado GERAÇÃO PAISSANDU, do crítico de cinema Rogério Durst, determinava, até domingo passado, uma resistência dos cinemas de rua, geralmente, com uma enorme e única sala de exibição. Sinais indicam que o cine PALÁCIO na Cinelândia, fechará suas portas também, pois foi vendido pelo Grupo Severiano Ribeiro, para virar um centro de convenções, reduzindo com isso, ainda mais, o já pequeno número de salas que ficam fora de Shoppings. Restará entre os cinemas tradicionais apenas o ODEON BR e o ROXY. Situação no mínimo lamentável, para cinéfilos nostálgicos com idade acima de 30 anos.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA
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