
Brad Pitt e Angelina Jolie, protagonizam este eficiente SR. E SRA. SMITH, atuando pela primeira vez juntos. O apelo sexual do casal é latente – Pitt, para as mulheres -, e esta combinação de um certo talento de ambos e mais a lascividade da bela Angelina Jolie e ar de galã do ator, fazem uma combinação perfeita para atrair público aos cinemas, na época de seu lançamento, e várias locações em DVD.
Mas, SR. E SRA. SMITH é uma película que vai além deste detalhe, é na verdade um thriller brilhante, que combina romance com humor de forma requintada e inteligente, um casamento em crise. Doug Liman ( diretor ) aproveita todas as nuances do roteiro e uma produção sofisticada – os efeitos especiais, são de primeira -, que o longa bate na tela como uma pequena obra-prima.
John ( Pitt ) e Jane ( Jolie ) são dois agente que trabalham na função de assassinos profissionais que se conhecem na Colômbia e logo em seguida vão ao altar. E durante a metade de uma década vivem maritalmente, sem que um saiba da profissão do outro. Até que, são traídos pelos seus chefes que desejam que um tenha vontade de eliminar o outro. Durante o processo de descoberta da vida paralela que cada um tem, muitas verdades vêm à tona e a relação do casal é abalada e de forma forçosa – também devido ao erro de interpretação que cada um faz da situação -, literalmente fazem suas habilidades enquanto assassinos, ter como alvo seu cônjuge.
SR. E SRA. SMITH trata de traições, mentiras, mas trata também de amor verdadeiro, aquele que vem do fundo do coração. A cada agressão que John faz em Jane, esta sente e o mesmo acontece quando Jane tenta agredir John. A sensibilidade das personagens principais, acontece somente assim. Este detalhe é crucial para manter a narrativa do longa atrativa. Eles são impiedosos em suas tarefas, mas foram feitos um para o outro. A cena em que Jane segura um bebê, a contra gosto, revela uma frieza impressionante para uma mulher, realçando que Jane é menos sensível que John. Mas a relação do casal, de um aparente ódio mútuo, lá pelo miolo, se fortalece, e muito, com o dilemático caos em que se encontram.
Como não poderia deixar de ter, há uma cena, embora não muito quente – como no filme PECADO ORIGINAL, com a atriz em cenas de sexo quase explícito com Antonio Banderas – de sexo entre os protagonistas. Pitt e Jolie, estão à vontade em cena, e como no já citado filme de Jolie, o clima é de entretenimento em alto nível, com muita espontaneidade. Vince Vaughan ( PSICOSE, de 1999 ), faz um agente amigo da personagem de Pitt, totalmente deslocado na narrativa. Este ator tem um bom potencial, mas é sempre sub-aproveitado.
O longa é atraente e movimentado, e discursa sobre um casal com sentimentos verdadeiros, um pelo outro, que na realidade esconde para seu cônjuge, a dubiedade existente entre um casamento convencional e uma vida profissional, completamente distintas, unindo forças para salvar suas vidas, após terem caído em uma armadilha, transformando um revés no casamento em uma intensa atração sexual e a revelação e percepção de um interessante amor sincero entre ambos.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA
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