O longa cumpre mais do que você imagina suas premissas.
Meg Ryan tornou-se ao longo de duas décadas, uma atriz especializada em comédias românticas. Seu primeiro sucesso neste gênero foi HARRY E SALLY – FEITOS UM PARA O OUTRO, em 1989. Daí em diante protagonizou mais de uma dezena de películas similares. Em 1998 protagonizou um ótimo drama romântico com Nicolas Cage, CIDADE DOS ANJOS, e no ano seguinte, o filme que primeiro retratou os namoros on-line, o eficiente MENSAGEM PARA VOCÊ, com Tom Hanks. É uma atriz talentosa, bonita, sensual e virou um ícone neste tipo de produção comum em Hollywood.
O roteiro é instigante e mostra a virada de estilo de vida de uma mulher ( Meg Ryan ) que passa a sair com vários homens, inclusive adolescentes – deixando seu filho, interpretado por Colin Hanks, embaraçado e ciumento -, depois de passar por uma fase de baixa auto-estima, e ter engordado muito. Ryan encontra na personagem de Antonio Banderas ( atuando de maneira mais amadurecida e competente ) a sinalização de uma paixão duradoura, um relacionamento sério. Sem saber ao certo – a personagem de Banderas carrega uma dubiedade quanto à sua moral – que seu novo amor planeja roubar uma estátua de arte, pondo uma interrogação se ele é o homem adequado para a personagem de Ryan se apaixonar.
A história tem várias nuanças que realmente despertam a atenção do espectador. Como o ciúme da personagem de Colin Hanks para com a mãe, agora uma arrebatadora de corações com seus atrativos sexuais – gerando várias situações cômicas -, pois ele não aceita a nova situação instaurada, então; a dubiedade da personagem de Banderas quanto ao seu caráter ( tudo leva a crer que ele é um escroque ) e o cozinheiro italiano que continua apaixonado pela personagem de Ryan e vai à casa dela todos os dias com um ramalhete de flores, mesmo depois do témino do caso entre os dois, tentando um reatamento improvável. O clima da película é de alegria e alto-astral.
É um filme inteligente que dosa bem dois gêneros cinematográficos distintos: a comédia romântica e o policial. A narrativa é ágil e comprometida com o entretenimento. Porém o filme é tão bem escrito, dirigido e bem interpretado ( principalmente Meg Ryan, embora Banderas também brilhe na tela ), que MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA, surpreende como mais um produto que a princípio poderia passar como mais um filme. Mas não. MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA bate na tela despretensiosamente eficaz.
Uma mudança de hábito, por vezes é necessária. Um estilo de vida deprimente precisa ser revisto e analisado pela própria pessoa em questão. A pessoa precisa tomar coragem e corrigir certas atitudes. Enfrentar seus medos e suas limitações de frente e lutar para atingir sua própria felicidade ao lado de amigas e amigos e encontrar uma paixão que devolva seu amor próprio, sua auto-estima. Estas pessoas, muitas vezes, precisam de ajuda dos mais próximos, ou até mesmo, de alguém que acabam de conhecer, durante a fase de depressão e angústia. Mas essa nova postura deve partir do fundo do coração, de sua vontade interior de enfrentar seus dilemas.
MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA, aborda traição entre comparsas de negócios escusos e encantamento e desilusão ( aparente ) com uma nova conquista, e ainda dois casais que apresentam química entre si, principalmente Ryan e Banderas, coadjuvados por Colin Hanks e Selma Blair. Inclusive na maioria das cenas em que protagonizam juntos, Ryan e Banderas apresentam diálogos antológicos em cenas igualmente antológicas. Cenas estas, sempre com um cunho sexual evidente. As piadas que Colin Hanks tem que aturar sobre sua mãe, também são dignas de nota.
O longa sugere que nem tudo é o que parece ser. Seus planos e enquadramentos realçam e revelam em cada fotograma, um cuidado na produção. O diretor George Gallo realizou uma obra autoral, pois o roteiro foi escrito pelo próprio. Suas premissas são todas bem realizadas e MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA, transborda inteligência e empatia para o espectador.
MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA, mostra sensatez ao conduzir o espectador a acompanhar a história de uma mulher ( Ryan ) que assume uma nova condição de vida, e que aparentemente, sofre uma dolorosa desilusão sentimental, pensa frustrada em uma recaída após isso, porém acaba percebendo que às vezes, por trás de uma suposição - quanto ao caráter de alguém - equivocada, esconde o caminho certo de uma plena satisfação em sua vida romântica.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA
Meg Ryan tornou-se ao longo de duas décadas, uma atriz especializada em comédias românticas. Seu primeiro sucesso neste gênero foi HARRY E SALLY – FEITOS UM PARA O OUTRO, em 1989. Daí em diante protagonizou mais de uma dezena de películas similares. Em 1998 protagonizou um ótimo drama romântico com Nicolas Cage, CIDADE DOS ANJOS, e no ano seguinte, o filme que primeiro retratou os namoros on-line, o eficiente MENSAGEM PARA VOCÊ, com Tom Hanks. É uma atriz talentosa, bonita, sensual e virou um ícone neste tipo de produção comum em Hollywood.
O roteiro é instigante e mostra a virada de estilo de vida de uma mulher ( Meg Ryan ) que passa a sair com vários homens, inclusive adolescentes – deixando seu filho, interpretado por Colin Hanks, embaraçado e ciumento -, depois de passar por uma fase de baixa auto-estima, e ter engordado muito. Ryan encontra na personagem de Antonio Banderas ( atuando de maneira mais amadurecida e competente ) a sinalização de uma paixão duradoura, um relacionamento sério. Sem saber ao certo – a personagem de Banderas carrega uma dubiedade quanto à sua moral – que seu novo amor planeja roubar uma estátua de arte, pondo uma interrogação se ele é o homem adequado para a personagem de Ryan se apaixonar.
A história tem várias nuanças que realmente despertam a atenção do espectador. Como o ciúme da personagem de Colin Hanks para com a mãe, agora uma arrebatadora de corações com seus atrativos sexuais – gerando várias situações cômicas -, pois ele não aceita a nova situação instaurada, então; a dubiedade da personagem de Banderas quanto ao seu caráter ( tudo leva a crer que ele é um escroque ) e o cozinheiro italiano que continua apaixonado pela personagem de Ryan e vai à casa dela todos os dias com um ramalhete de flores, mesmo depois do témino do caso entre os dois, tentando um reatamento improvável. O clima da película é de alegria e alto-astral.
É um filme inteligente que dosa bem dois gêneros cinematográficos distintos: a comédia romântica e o policial. A narrativa é ágil e comprometida com o entretenimento. Porém o filme é tão bem escrito, dirigido e bem interpretado ( principalmente Meg Ryan, embora Banderas também brilhe na tela ), que MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA, surpreende como mais um produto que a princípio poderia passar como mais um filme. Mas não. MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA bate na tela despretensiosamente eficaz.
Uma mudança de hábito, por vezes é necessária. Um estilo de vida deprimente precisa ser revisto e analisado pela própria pessoa em questão. A pessoa precisa tomar coragem e corrigir certas atitudes. Enfrentar seus medos e suas limitações de frente e lutar para atingir sua própria felicidade ao lado de amigas e amigos e encontrar uma paixão que devolva seu amor próprio, sua auto-estima. Estas pessoas, muitas vezes, precisam de ajuda dos mais próximos, ou até mesmo, de alguém que acabam de conhecer, durante a fase de depressão e angústia. Mas essa nova postura deve partir do fundo do coração, de sua vontade interior de enfrentar seus dilemas.
MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA, aborda traição entre comparsas de negócios escusos e encantamento e desilusão ( aparente ) com uma nova conquista, e ainda dois casais que apresentam química entre si, principalmente Ryan e Banderas, coadjuvados por Colin Hanks e Selma Blair. Inclusive na maioria das cenas em que protagonizam juntos, Ryan e Banderas apresentam diálogos antológicos em cenas igualmente antológicas. Cenas estas, sempre com um cunho sexual evidente. As piadas que Colin Hanks tem que aturar sobre sua mãe, também são dignas de nota.
O longa sugere que nem tudo é o que parece ser. Seus planos e enquadramentos realçam e revelam em cada fotograma, um cuidado na produção. O diretor George Gallo realizou uma obra autoral, pois o roteiro foi escrito pelo próprio. Suas premissas são todas bem realizadas e MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA, transborda inteligência e empatia para o espectador.
MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA, mostra sensatez ao conduzir o espectador a acompanhar a história de uma mulher ( Ryan ) que assume uma nova condição de vida, e que aparentemente, sofre uma dolorosa desilusão sentimental, pensa frustrada em uma recaída após isso, porém acaba percebendo que às vezes, por trás de uma suposição - quanto ao caráter de alguém - equivocada, esconde o caminho certo de uma plena satisfação em sua vida romântica.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA
Coluna Falando em Cinema
francamarciom@yahoo.com.br
francamarciom@yahoo.com.br
o PENSAMENTO DE QUEM TRAÍ DEVE SER PECAMINOSO, NÃO...
ResponderExcluirA ESTRUTURA DA SUA CRÍTICA SOBRE ISSO É MUITO BOA, MAS VC PODERIA FALAR ESSAS COISAS EM UMA LINGUAGEM MENOS CULTA, NÃO ACHA?!
cARA, MUITO BOM O SEU TEXTO...
AHHHHHH
fAZ UMA CRÍTICA SOBRE O PEARL HARBOR.
ABRAÇOS
Prezado Douglas, obrigado pelas elogiosas linhas.
ResponderExcluirFarei em breve uma crítica de PEARL HARBOR, conforme sugeriu-me.
Tchau e um abraço.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA