quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Crítica: CREPÚSCULO

ARRASTADO E COM FOTOGRAMAS EM EXCESSO

CREPÚSCULO passa a impressão de ser um primeiro trabalho de um diretor. O filme comete erros que evidenciam uma falta de domínio narrativo. O longa possui duas horas de duração e para um roteiro um tanto vazio, haveria a necessidade de uma lipoaspiração nos seus minutos a mais. Tornaria o filme mais enxuto e menos arrastado. Outro defeito – agora de ordem técnica – é a intensidade da maquiagem facial do ator Robert Pattinson que muda em algumas cenas.

Bella Swan (Kristen Stewart) é uma moça introvertida que decide morar com o pai. Precisa mudar de endereço e dar continuidade a seus estudos em uma escola da nova cidade. Consegue amigos em seu novo ambiente estudantil e apaixona-se à primeira-vista por Edward Cullen (Robert Pattinson). Um rapaz considerado estranho por todas as pessoas, não somente da escola como por todos os demais habitantes do lugar. Cullen sente a mesma afeição e à princípio evita ao máximo uma aproximação. Até que movido por sua força e velocidade incomuns evita que Swan seja atropelada.

CREPÚSCULO possui uma narrativa um tanto irregular. A mistura de gêneros como o romance e o terror que movem a trama, torna o filme bem viável comercialmente. Principalmente entre os adolescentes. Mas, um pouco inadequado traduzido para a linguagem cinematográfica. A diretora Catherine Hardwicke utilizou em várias cenas tanto a câmera lenta como a rápida (muitas vezes na mesma seqüência). Um acerto estético.

O filme trabalha com a antítese. A mortalidade e a imortalidade são colocadas em julgamento no bonito idílio baseado em sinceridade e inocência que as personagens de Stewart e Pattinson vivem na tela. A questão moral do amor entre uma humana e um vampiro (dois seres opostos, se levarmos em consideração a existência de tal criatura), também é um antagonismo que Hardwick soube explorar bem. O romance entre os dois protagonistas principais é o maior atrativo de CREPÚSCULO.

CREPÚSCULO é um romance – com uma pitada de terror – exótico e implausível, que é bem produzido e tenta ser original com seus significantes e significado. A personagem de Kristen Stewart é a moça ideal para o casamento e formação de família. Ponto para a diretora. Seus diálogos são interessantes. A fotografia em tom mais escuro evidencia uma tentativa de Hardwicke em dar um estilo ao filme. Porém, o resultado final da película é insatisfatório pela falta de um vigor e um domínio maior da narrativa.

CREPÚSCULO aborda uma paixão bonita e verdadeira entre dois jovens que iniciam uma ligação afetiva desde o primeiro momento que se entreolham. E narra um exponencial amor entre dois seres antagônicos que transformam suas diferenças em uma adocicada e honesta relação. E que, ainda, decidem abdicar de suas condições de caçador e caça; predador e presa para complementarem-se e injetar a tão sonhada felicidade para suas vidas e existência.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA

2 comentários:

  1. ñ concordo com certas coisas!!!

    o filme é perfeito!

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  2. o filme é perfeito!claro crepúsculo foi o filme que meu coração acelerou muito,cada cena eu assistie com bastante emoçao,coma mente focada somente neles.

    não concordo com seus comentários!!

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