
Os filmes de Adam Sandler, na maioria de sua filmografia, são longas cômicos, mas sem graça. O PAIZÃO e O REI DA ÁGUA, são dois exemplos de películas em que o protagonista principal ( Sandler ), sub-atua. Sua expressão facial não mudava e as piadas destes longas eram desperdiçadas – também em roteiros fracos, é verdade – pela ineficácia de Adam Sandler de causar empatia para com o espectador. Neste ZOHAN, o ator começa a atuar de verdade.
O filme trata, com um pouco de indecência, é bem verdade, de um agente do exército israelense, bastante popular com as garotas, devido as suas habilidades – seja com as mãos ou com os pés -, que tem a missão de combater terroristas. Zohan, o personagem, é invencível e não sente dor. O longa muda o foco, quando a personagem principal decide mudar seu estilo de vida, forjando seu próprio desaparecimento, enquanto ser vivo. E vai em busca de seu sonho de virar um cabeleireiro. Paradoxo maior, não poderia existir.
ZOHAN trabalha também com o conflito entre Israel e os países muçulmanos na chamada Guerra Santa. Um embate religioso que parece não ter fim, justamente no local onde Jesus Cristo, viveu como humano. Este dilema, a princípio insolúvel, o roteirista da produção resolveu aproveitar em seu texto.
As piadas e gags de ZOHAN compensam o valor gasto na bilheteria do cinema, pelas inovações que trazem ao cinema, em cenas hilariantes. A direção do longa é eficaz quanto ao alicerce do roteiro: fazer de forma descontraída e engraçada o espectador rir.
O clima predominante no filme é de leveza e agilidade em sua narrativa. Há um excesso de minutos na produção. Com um tempo menor de projeção, o longa não apelaria para a correria em seu clímax. Sendo assim, ZOHAN, seria um pouco mais definido quanto ao seu equilíbrio narrativo. Há cenas dispensáveis que não precisariam ter entrado na montagem final.
O ideal de vida que cada ser humano ( seu sonho interior maior ) tem guardado dentro de si, pode ser alcançado com o tempo. Bastando para isso, perseverança e determinação em alcançar seu objetivo principal na vida. Em uma meta profissional, por exemplo, a pessoa deve procurar definir seu caminho e prosseguir motivado ( com honradez e honestidade ), até atingir seu resultado positivo final, caso tenha habilidade ou dom, ou mesmo, ambos, para desempenhar a. função
ZOOHAN, coloca com muita implausibilidade, uma espécie de super-herói do exército de Israel, ansioso para mudar seu estilo de vida, sem conhecimento algum cultural, muito querido entre os seus, em um processo de amadurecimento. Fato revelado quando passa a amar de verdade, uma moça palestina ( Emmanuelle Chriqui ), evitando com mais sensibilidade em seu ser, um início de uma outra Guerra Santa, desta vez, em solo norte-americano. O filme é um apelo à paz entre judeus e muçulmanos.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA
Coluna “Falando em Cinema”
francamarciom@yahoo.com.br
Ólá, Márcio, adorei a sua crítica dessa semana, adorei, Zohan é demais!
ResponderExcluirPena que moramos tão longe, né?!
Eu não recebi o seu e-mail ainda, me mande para podermos conversar. Beijos
Franciellemuniz@gmail.com
Prezada Francielle Muniz, obrigado pelas elogiosas linhas.
ResponderExcluirGostei que tenha deixado um comentário. É gratificante.
Tchau e um abraço.
MÁRCIO MALHEIROS FRANÇA